Eleições 2006
Estamos próximos de mais uma eleição presidencial e desta vez confesso que a indecisão continua sendo o meu voto. Sempre apostei no PT. Sempre fui de esquerda. Então, mal ou bem era fácil escolher. Mas e agora? Diante de tantos escândalos de corrupção, diante da omissão de Lula, diante de tanto cinismo, o que fazer? É inconcebível pensar que Lula será reeleito no primeiro turno mesmo com todas as provas contrárias à sua honestidade. Sua vitória é o mesmo que legitimar o roubo. É confessar que o brasileiro não se importa com a corrupção porque no fundo a maioria compactua com ela. Em diferentes níveis, claro, mas quem já não o fez por benefício próprio?
Tenho lido muito, me informado e confesso que pela primeira vez estou em dúvida em quem votar porque estou dando um valor enorme à minha escolha. Senão fosse por isso, seria fácil. Votaria na Heloisa Helena, no Cristovam Buarque ou qualquer outro que já não tem mais chances de ganhar. Mas será que isso é certo? Cadê então o meu direito de escolha? Cadê a democracia? Sinto-me na verdade sem opção. E com isso obrigada a dar meu voto a quem não necessariamente considero merecedor. Pensei seriamente em votar nulo e confesso que a idéia não foi totalmente descartada. Há quem diga que anular o voto é uma burrice sem tamanho. Há quem diga que é antidemocrático. Votar nulo não traz soluções, apenas o caos.
Não concordo por dois motivos. Primeiro porque se ele não fosse democrático, não seria uma opção de voto dentro do processo democrático. Ou seja, se o voto nulo existe alguma função ele tem. Segundo porque o considero a forma mais honesta de estar bem com a minha consciência. Anulando estou manifestando a minha descrença em qualquer um deles. O que de fato está acontecendo. Por outro lado, desconheço seus verdadeiros efeitos. Será que chegaríamos a algum lugar? O que mudaria? Os políticos são esses, não tem jeito. O que nos resta é escolher o menos pior.
É por essas e outras que defendo a não obrigatoriedade do voto. Acho este o grande paradoxo do processo democrático brasileiro, já que votar por votar é minimizar a escolha. É desvalorizar justamente o que considera-se mais valioso. Só deveria ir às urnas aquele que realmente tem convicção do que quer. Desta forma, a democracia estaria sendo exercida na sua totalidade. E com certeza, eliminaríamos grande parte dos votos “comprados” por assistencialismo e promessas de vida melhor, e etc. Assim seria o voto consciente.
Por isso, lamento profundamente não ter mais alguém que represente dignamente meus ideais. Sinto-me órfã e ao mesmo tempo acuada. Sem saída, pois me vejo obrigada a votar no Alckmin só pra ter a chance de tirar o Lula do poder. Pelo menos essa certeza eu tenho. Não serei conivente com um partido que tem atestado de ladrão. Muito menos com um presidente cego, surdo, e cínico, que nada vê, nada sabe, e nada faz. Pelo bem do Brasil e de todos nós.
Tenho lido muito, me informado e confesso que pela primeira vez estou em dúvida em quem votar porque estou dando um valor enorme à minha escolha. Senão fosse por isso, seria fácil. Votaria na Heloisa Helena, no Cristovam Buarque ou qualquer outro que já não tem mais chances de ganhar. Mas será que isso é certo? Cadê então o meu direito de escolha? Cadê a democracia? Sinto-me na verdade sem opção. E com isso obrigada a dar meu voto a quem não necessariamente considero merecedor. Pensei seriamente em votar nulo e confesso que a idéia não foi totalmente descartada. Há quem diga que anular o voto é uma burrice sem tamanho. Há quem diga que é antidemocrático. Votar nulo não traz soluções, apenas o caos.
Não concordo por dois motivos. Primeiro porque se ele não fosse democrático, não seria uma opção de voto dentro do processo democrático. Ou seja, se o voto nulo existe alguma função ele tem. Segundo porque o considero a forma mais honesta de estar bem com a minha consciência. Anulando estou manifestando a minha descrença em qualquer um deles. O que de fato está acontecendo. Por outro lado, desconheço seus verdadeiros efeitos. Será que chegaríamos a algum lugar? O que mudaria? Os políticos são esses, não tem jeito. O que nos resta é escolher o menos pior.
É por essas e outras que defendo a não obrigatoriedade do voto. Acho este o grande paradoxo do processo democrático brasileiro, já que votar por votar é minimizar a escolha. É desvalorizar justamente o que considera-se mais valioso. Só deveria ir às urnas aquele que realmente tem convicção do que quer. Desta forma, a democracia estaria sendo exercida na sua totalidade. E com certeza, eliminaríamos grande parte dos votos “comprados” por assistencialismo e promessas de vida melhor, e etc. Assim seria o voto consciente.
Por isso, lamento profundamente não ter mais alguém que represente dignamente meus ideais. Sinto-me órfã e ao mesmo tempo acuada. Sem saída, pois me vejo obrigada a votar no Alckmin só pra ter a chance de tirar o Lula do poder. Pelo menos essa certeza eu tenho. Não serei conivente com um partido que tem atestado de ladrão. Muito menos com um presidente cego, surdo, e cínico, que nada vê, nada sabe, e nada faz. Pelo bem do Brasil e de todos nós.