Molhando as Palavras

Blog de curiosidades, opinião, crônicas e afins.

quarta-feira, maio 31, 2006

O Passado não condena, ensina!
Calma, não fique histérica se o passado de seu parceiro não for o que você esperava. Acredite que todos têm a capacidade de se regenerar. E se um dia eles freqüentaram aqueles lugares que você jamais ousou pensar em colocar os pés, ou se era do tipo que saia tocando pneu por aí, ignore. Faça de contas que tudo não passou de uma fase e aproveite para começar a ensina-lo as coisas boas da vida.
Pessoalmente falando, eu sempre duvidei de caras que freqüentasse boates. Até descobrir que meu atual namorado era um deles. Volta e meia discutimos seriamente por isso. Ele me acha muito preconceituosa. Pode até ser que esteja certo. Quer dizer, ele está certo. É puro preconceito. Mas o que eu posso fazer? Infelizmente, os lugares que você freqüenta e os amigos com quem anda dizem quem você é (tem até ditado popular para comprovar). Sendo assim, quando soube que ele era um freqüentador assíduo de uma certa casa noturna aqui do Rio (prefiro não fazer propaganda), fiquei meio decepcionada e levantei as mãos pro céu por ter se livrado deste hábito há tempo (continuo sendo preconceituosa, eu sei).
O fato é que todos têm um passado negro. Detalhes que é melhor não serem revelados. Micos fazem parte da vida. A gente não acerta sempre, não é verdade? Eu mesma já fui uma daquelas mulherzinhas de gangue, sabe? Só andava em bando e ficava nas matinês cantando grito de guerra. Tem coisa pior que isso? Pelo menos eu só tinha 12 anos. Nessa fase temos que dar um desconto.
Mas o que fazer se o seu parceiro um dia resolveu revirar o baú da memória e começou a contar com todo o orgulho tudo aquilo que você não queria ouvir? Meu conselho é: sorria. Não critique. Não faça como eu. Isto pode ferir profundamente os sentimentos dele. Tente pensar que qualquer experiência na vida é importante e que sempre tiramos algum ensinamento. E vou além, que essa pessoa por quem você se encantou só é assim hoje porque um dia ele passou por tudo aquilo (foi isso que eu ouvi do meu namorado). Do mesmo modo que não podemos matar as ex (isto é realmente uma pena!), também não podemos enterrar o passado deles. Tudo é memória. Faz parte do disco rígido e não tem mais volta.
O segredo é pensar dali pra frente. O que importa é a história de vocês. Portanto, otimize ao máximo o tempo ao lado dele. Aproveite cada ida ao cinema, cada minuto a sós para mostrar-lhe tudo o que considera melhor na vida. Não há nada mais gratificante do que ensinar ao outro e contribuir para o crescimento intelectual- psicológico-cultural do seu amado. Além, claro, de um ponto muito importante: só assim, quando um dia, anos depois, ele resolver contar a alguém suas experiências do passado, você não correrá o risco de ser a coadjuvante de um grande mico.

segunda-feira, maio 29, 2006

"Molhando as Palavras" é meu primeiro blog. Filho único, de mãe solteira, ele veio para preencher um pequeno vazio que existia entre o meu pensar e o divulgar. Fui (e ainda sou) muito acostumada a escrever só para mim, mas agora resolvi dividir este prazer com todos. Confesso que a experiência ainda me deixa um pouco apreensiva. Escrever é se expor. Alguns textos são como segredos íntimos e por isso torná-los públicos é quase o mesmo que despir-me diante de desconhecidos.
Mas chegou a hora de arriscar. Já dei o primeiro passo. E no fundo, apesar da desconfiança natural de uma escorpiana, tenho a impressão de que vou me divertir muito. E espero que vocês também!
Para finalizar, só a titulo de curiosidade, o nome do blog foi um presente da cantora Martnália, "pescado" durante seu show no CCC. No intervalo entre uma música e outra ela parou, pegou uma cerveja e falou "Peraí, só um minutinho pra eu molhar as palavras". Achei tão poético esse jeito de falar "peraí que eu vou dar um gole na cerveja", que resolvi me apoderar da metáfora. Comecei a pensar nos diversos significados que a frase poderia ter. Aqui, "Molhar as palavras" é muito mais que matar a sede, é diluir os significados, dar nova textura ao texto. É como adicionar um algo mais, transformando ao meu modo o seu tempero: um dia podem ser doces, no outro amargas, dependendo do humor (nem sempre a vida é um mar de rosas).
Contudo, todavia, entretanto, porém, espero ser mais doce que o contrário. Mas se por via das dúvidas minha receita verborrágica ficar um pouco pesada demais, me perdoem a possível indigestão! Quero mais é que se deliciem com o sabor dos meus pensamentos.