Molhando as Palavras

Blog de curiosidades, opinião, crônicas e afins.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

A voz do povo

Lembram do texto que escrevi sobre o pedinte que quase quebrou o vidro do meu carro porque eu não quis dar esmola? Pois é, eu não fui sua única vítima. Outro dia, o Globo Online publicou uma matéria sobre o mendigo. Por costume, resolvi ler os comentários.E confesso que me surpreendi com certas opiniões. Selecionei alguns pra vocês terem uma idéia (foram mais de 200 no total). Mas, por favor, não reparem em erros gramaticais. Nem me atrevi a corrigi-los. Foi no copy/paste mesmo.
Ah, para quem não conhece a história, trata-se de um deficiente físico, de cadeira de rodas, que está sempre pedindo esmolas pelas ruas do Centro. Se você não der, ele se revolta e parte pra agressão! Desta vez, ele conseguiu quebrar o vidro da mulher. Assustada, ela procurou a polícia que o levou (aparentemente)para um abrigo.


Comentários:
- "Eu ando no carro com um cabo de machado que comprei exatamente para casos como esse. Se esse vagabundo quebra meu carro ia entrar na porrada e ainda ia perder a cadeira de rodas que eu ia botar na mala e vender para pagar meu prejuízo".

-"Se fosse comigo, eu descia do carro, pegava uma chave de fenda que sempre carrego na mala e furava o pneuzinho da cadeirinha de rodas do deficientezinho físico máu-caráter. E se não fosse deficiente físico, tirava o cinto de minha calça e dava uma surra no gajo".

- "Se fosse comigo, eu quebrava de pau nesse camarada. onde já se viu destruir o patrimônio alheio conquistado com suor e trabalho. Mande esse sujeito passar uns dias aqui no RN pra ver o que ele arranja".

- "FALAR BONITO É FÁCIL...QUERIA ver se fosse o retovisor de 320,00 , ou o vidro do motorista de 550,00 do seu carro...Na hora aqui todo mundo fala bonito e com finesse britânica, mas se fosse no carro de vc´s , quero ver quem nao meteria a P... num sujeito folgado desse. E agora, quem paga o preju ???? Dependendo do carro, nem vendendo 10 cadeiras de roda pagaria. Eu ia pra DP, mas o pau ia comer bonito..Dinheiro não se acha no lixo, e 550 num vidrinho é muita grana prum imbecil quebrar"

- "Caro Gustavo. Como moro em Santa Catarina, longe deste inferno e onde as coisas são mais sérias, me lembra muito o país de origem de minha família e, por isso aqui nos estabecemos. Ademais, se o Führer tivesse ganho a guerra, não haveria este tipo de problema indesejável. Minhas mais sinceras considerações a vossa pessoa".
- "Depois dessa deveriam deixar os braços dele deficientes".

- Tah tudo errado. Sou totalmente a favor da limpeza, em nome do ordenamento urbano, como em qualquer cidade decente do mundo: sem camelos nas calcadas, sem mendigos e desocupados perambulando, multando a quem joga sujeira na rua, som acima do limite, etc. Sou contra esse bando de nazista q vem se manifestar aqui nesse espaco contra a invasao de "nordestinos" e "favelados". Sao tao escoria qto esse mendigo mau-carater.

- "Por favor, salvem o mundo da unica forma possivel.PAREM DE TER FILHOS por um tempo E PAREM DE INCENTIVAR A PROCRIAÇÃO!!!!!REDE GLOBO, PARE DE INCENTIVAR A PROCRIAÇÃO NAS NOVELAS!!!!!!!!!!!!!! O povo burro do Brasil acredita em tudo nas novelas!!!!Ajude!!!!!!"

- "Fala-se muito que a sociedade civil é responsável e tem que ajudar no combate a pobreza. Mas quando é que o Estado vai ser competente e sério para assumir suas responsabilidades. Pagamos 38% de nossos ganhos em impostos para que? Para sustentar corrupção e apadrinhamentos? O dinheiro para tirar essa pessoas da mendicancia existe, falta vontade política.

- "Estou pasmo com a crueldade do leitor Cezar Lopes. Se ele passasse pelos menos um dia de sua vida, fora de sua caminha e fosse durmir numa calcadinha fria e dura, podendo ser surpreendido por todo tipo de violencia, talvez ele mudasse essa sua pobre opniao. A responsabilidade por uma sociedade menos desigual e de todos nos e não so dos politicos, como muitos pensam. O problema e que hoje em dia e cada um por si e que se dane o resto".

- "Essa classe média tem mais é que levar com guarda chuva na cabeça mesmo! Essa de "só porque vc tem um carrinho melhor" seria hilário se não fosse triste. O ódio e o preconceito que se tem contra os pobre é um opróbrio!"

- "Acontece que na maioria das situacões, só porque vc tem um carrinho melhor, se for importado então, vc é visto como inimigo. Esta cultura é pregada principalmente nas favelas.O problema é que por ignorância muita gente não sabe que não há nada de errado, inclusive diante de Deus, se vc trabalhou onestamente e construiu com seu próprio trabalho."

- "Entendo que dah vontade de enfiar a porrada num mendigo destes. Se tivesse ocorrido comigo teria esta vontade tb. Mas, do jeito que as coisas estao, a cidade vai virar um Faroeste. Cada um anda com uma arma na cintura e decide os problemas na base do chumbo. Eh neste tipo de mundo em que queremos viver nos proximos anos ?"

Quem leu o meu texto sobre o incidente (quem não leu basta procurar no arquivo de setembro "O preço da indiferença") deve lembrar que me senti culpada, mesmo tendo sido a vítima. Achava que estava pagando pela minha (nossa) indiferença. Alguns comentários foram até bem parecidos com os que selecionei agora. Por isso, resolvi levantar o assunto novamente. Diante dessas opiniões ficam as exclamações: retribuir a violência resolve? Um regime nazista resolveria? Controle de natalidade resolve? Até que ponto a sociedade civil é responsável por tais problemas sociais?
Chamo a todos para a reflexão. Principalmente diante de algumas soluções levantadas. Hoje essas idéias podem parecer apenas vozes isoladas, mas amanhã nunca se sabe.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Machista não, realista!

Quando resolvi fazer meu blog confesso que fiquei receosa e um tanto constrangida em escrever publicamente pensamentos que antes existiam apenas guardados em cadernos e disquetes. No entanto, pensei, “ora, mas o que há de mais em opinar sobre assuntos rotineiros e trazer uma discussão entre amigos?”. Não escrevo pra buscar aprovação. Escrevo por prazer e pra compartilhar idéias. Não espero que todos concordem comigo. Claro, que é sempre bom ouvir depois de um texto publicado os comentários a favor. Sinal que as pessoas se identificam e eu não escrevo só bobagens. Após alguns meses nessa empreitada, já consigo identificar os de maior aprovação. Aqueles que tocam. Assim como o contrário. Foi o que ocorreu com este último sobre os homens.
A classe masculina está revoltada comigo. Estão todos ofendidíssimos por dizer que eles só pensam em sacanagem. Sinceramente, nunca achei que uma característica dessa, já tão batida, do senso-comum fosse incomodar tanto. Desde quando dizer que homem só pensa em sexo é ofensa? Coisas do mundo moderno... Parece que os homens agora não querem mais ser vistos por esse olhar machista que os acompanha por tanto tempo. Querem ser olhados como homo-sapiens sensíveis que sabem muito bem valorizar uma mulher. Fico feliz com isso. Mas o que posso fazer se a história do mundo é essa? Não é minha culpa que até hoje frases como “homem é tudo cafajeste”, “homem é tudo galinha”, “homem não presta”, continue se perpetuando ao longo dos séculos. Ou é?
Muito se fala em liberdade sexual. Que hoje as coisas são diferentes. Que mulher é tão tarada quanto homem. Pode até ser. Mas isso é agora. Enquanto o homem é assim desde que veio ao mundo. Por uma questão cultural, por uma questão hormonal, tanto faz. Mas ninguém pode negar que homens e mulheres se diferenciam muito em suas atitudes diante do sexo. Se hoje as mulheres se beijam em público, se expressam com mais liberdade a sua libido publicamente, é por uma questão de conquista. Isto é, a mulher vem até hoje lutando por direitos iguais. Quer ter a mesma liberdade que os homens. O mesmo espaço no mercado de trabalho. O mesmo tratamento. Ou seja, as mulheres estão se apropriando de comportamentos que antes só cabiam aos homens. Estão se “masculinizando”, digamos assim. O que só confirma o meu pensamento: se elas hoje fazem isso é porque estão ficando iguais aos homens.
O que acho que pode ter ofendido a vocês, meus queridos amigos, homens que admiro, é que não leram atentamente algumas palavrinhas chaves do texto, como: às vezes, muitas vezes, etc. Não disse que vocês são assim na vida, o tempo inteiro. Que quando vêem uma mulher, imaginam logo uma xoxota na sua frente. Disse que os homens têm essa capacidade de (quando quer) só enxergar mesmo o objeto de desejo. De olhar uma mulher e comê-la com os olhos, como se fossem as mesmas das revistas. É da educação do olhar que estou falando. E da forma como são capazes de expressar isso. Pergunte a um homem quantas vezes ele recebeu uma cantada na rua. Agora pergunte a uma mulher qualquer, e vocês verão que a quantidade é infinitamente maior. A história que contei do frentista ilustra o que estou querendo dizer (pena que uma imagem vale mais que mil palavras).
Se meu discurso soa machista, digo a vocês: o mundo continua machista. Querendo ou não. Há ainda um longo caminho a percorrer até que essas idéias de igualdade sejam de fato incorporadas no nosso lifestyle. Falar de sexo é fácil. Atualmente, todo mundo se sente confortável em sentar numa mesa e falar que deu pra fulano, que a posição x é a melhor, que vibrador é ótimo, etc. Todos são modernos no discurso, mas na prática, continuam cheios de morais e preconceitos. Até hoje, tem mulher casando virgem. Até hoje, mesmo as que não são, fazem questão de casar na igreja vestidas de branco. Até hoje, se uma mulher sentar-se à mesa e começar a falar de todas as suas aventuras sexuais como um homem falaria, vai ser chamada de muitos nomes por aí. Até hoje o que todo mundo quer é um parceiro fixo bem embaixo de suas asinhas. Sexo é bom, claro! Viva o sexo!!!! Mas sinceramente, acho que ninguém ainda sabe muito bem o que fazer com tanta liberdade. Está tudo meio enrolado, no meio do caminho. E vai ver que por isso uma das palavras mais faladas do último século seja “solidão”.
Quanto ao Chico, deixem, por favor, eu e as outras milhões de brasileiras curtirem a fossa da “desmistificação”, como disse a minha irmã. Julguei a pessoa pela obra. Esqueci que até aquele que parece ser o mais sensível dos homens tem direito a dar umazinha com uma gostosa qualquer.
E pra confirmar que o que eu disse não tem nada de retrógrado, minha irmã, que estava justamente criticando o texto, acabou metendo os pés pelas mãos. Quando perguntei se não achava o óóó o Chico pegar a tal mulher, ela me respondeu instintivamente:
- Mas ele é homem!

Me desculpe macharada, mas vocês terão que engolir essa. E sabe-se lá por mais quantos séculos....

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Bom Dia

Enfim o sol apareceu!!! Acordei e dei de cara com o céu azul. Mesmo que seja para vê-lo de dentro do trabalho, fiquei feliz por reencontrá-lo. Espero que assim permaneça.
Sinto falta do verão carioca....
Bom dia a todos

quarta-feira, janeiro 24, 2007

É homem e pronto!

Que homens e mulheres são diferentes todo mundo sabe. O que é difícil saber é se tais diferenças são puramente genéticas ou culturais. Principalmente quando o assunto é a relação com o sexo oposto. Por que será que os homens não conseguem ver uma mulher bonita sem pensar em sacanagem? Desculpe se estou generalizando (sempre há exceções), mas diante dos olhos masculinos, muitas vezes a mulher não passa de um objeto de desejo. Um par de pernas, uma bunda e os seios. Nada mais. O resto é resto. Enquanto nós admiramos o conteúdo, eles pensam na forma. Basta ficar cinco minutos em uma roda masculina para comprovar. O adjetivo mais utilizado pra descrever uma mulher é: gostosa.
Outro dia, parei no posto de gasolina e assisti ao melhor exemplo do que estou falando. Uma morena de vestido curto foi passar seu cartão de crédito no caixa. De costas para o frentista, ela nem imaginava que o sujeito babava diante de suas coxas e a saia que voava levemente com a brisa. O frentista não disfarçou. Seus olhos grudaram na bunda da morena e a seguiu até a hora que ela entrou no carro. Com o olhar fixo, ele suspirava (afoito, meio desesperado) como se ela estivesse nua na sua frente. Soltou um “nossa”, baixinho, pra ele mesmo ouvir, e depois ficou sozinho passando mal como se tivesse visto uma miragem.
Presenciando aquele momento (estava com meu namorado e até ele se impressionou) percebi que os homens realmente pensam muito mais com a cabeça de baixo do que a de cima. Não importa se o rosto é feio, se ele nunca viu a moça na vida, se ela é meio burra, chata ou não sabe conversar. É gostosa, tá valendo. Sabe como é, instinto masculino. Necessidade básica. Efeitos da testosterona. Pode até ser, mas será só isso? Acredito que a educação também seja um motivo pertinente.
O homem cresce vendo seu pai olhando revista de mulher pelada e vídeo pornô. Cresce ouvindo os mais velhos contarem histórias de bordel. Cresce achando que ter pênis é ter tudo. Desde criança, o neném ouve de seus pais: cadê o piru do bebê? Pega no piru. E eles assimilam que ali está a fonte da vida. Ou por acaso você já viu alguém falar pra uma menina: cadê sua perereca?
Pode parecer que não, mas esses padrões culturais fazem toda a diferença. Isso não quer dizer que as mulheres não admiram um belo homem a sua frente. Mas dificilmente alguém verá uma de nós salivando e mordendo os lábios diante de um macho musculoso. Não há nada mais desagradável do ter que ouvir piadinhas de peão de obra. E isso acontece todo dia, toda hora, com qualquer ser que não tenha nada pendurado entre as pernas. E nem pensem que isso levanta a auto-estima. Mulher que se preze dispensa esse tipo de elogio.
São raras as exceções de homens que nunca deixaram uma mulher com a sensação de estar sendo literalmente “comida pelos olhos”. E mesmo os mais ponderados, certamente já deram aquela olhada disfarçada pelo retrovisor. Até Chico Buarque, que é Chico Buarque, não agüentou e sucumbiu às tentações de um par de silicones (infelizmente é verdade o que a mídia tem publicado). Fiquei decepcionadíssima. Logo ele! Jurei que fizesse parte da exceção. Afinal, ele pode ter qualquer mulher no mundo. Foi pegar logo essa!!!??? E quando comentei com meu namorado que não esperava isso de um homem como o Chico, ele falou:
-Ah, é homem, Nanda. É homem...
Até o assessor de imprensa dele se fez de ofendido quando perguntado sobre os boatos. Em entrevista a revista “Quem” ele disse:
- Esse tipo de pergunta é infame. Vocês tratam o Chico como se ele fosse um atorzinho de Malhação, quando, na verdade, estamos falando do maior compositor da música brasileira.
Pois é, eu também pensava assim. Mas esqueci de um detalhe: o Chico também é homem....

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Trem do Samba

Outro dia peguei carona no trem da Central,
E fui parar em Oswaldo Cruz.
Louvei o samba como os índios a terra.
Perdi-me pelas ruas de Madureira.
Deixei-me levar pelo batuque do pandeiro,
Com orgulho na alma de ser brasileiro...
Ah, o samba.
Do gingado malandro,
Do rebolado,
Da mulata faceira,
Do verso improvisado.
Lá, vi senhor bater palma como criança,
Entrar na roda de partideiro
E beijar o cavaco como se fosse a esposa.
Vi moça levar cantada
E quase dar tapa na cara
Quando o safado perguntou:
- Você levou mordida de abelha ou sua bunda é mesmo esse jardim do Éden?
É tudo simples,
Sem lero-lero.
Basta um chocalho
E uma cuíca
Pro coro ficar completo.
No fundo de um quintal
Todo mundo é bamba.
Mesmo quem nunca ouviu o samba.
Cervejinha gelada pra relaxar,
Queijo coalho na brasa pra salgar.
Tudo é festa.
Não precisa saber cantar.
E assim a roda segue no improviso.
Ela mexe as cadeiras,
Ele arrasta as sandálias,
O cavaco dá o tom,
Até o sol raiar
Assim é o samba: a verdadeira poesia popular!

quarta-feira, janeiro 10, 2007

A arte do encontro

Amores, amizades, profissão, como diz Vinícius de Moraes “a vida é a arte do encontro”. Geralmente, quando menos esperamos as coisas acontecem. Um esbarrão na rua, um olhar, um tropeço, enfim, um simples encontro pode mudar para sempre o rumo de nossas vidas. Todos os dias passamos por isso. Alguns costumam chamar de coincidência, outros de destino. De fato, os encontros parecem mesmo algo maior do que nossa própria vontade. É como se o universo conspirasse e nos colocasse no lugar certo, na hora certa.
Outro dia, revirando a bagunça de papeis guardada na gaveta, encontrei as previsões de uma taróloga que consultei há três anos. Uma delas era que um amor apareceria em minha vida e seria uma espécie de encontro. O tal não apareceu assim tão rápido, mas apareceu. E após tantos desencontros me achei ao lado de alguém que, por um feliz acaso, cruzou a minha vida. Um ano e meio se passou e a gente continua se encontrando. Às vezes se perde, parece que foi pra longe, mas logo volta a sintonia. E o encaixe retorna à perfeição.
Com as amizades tenho a mesma impressão. A cada ano, a vida traz novas pessoas pra perto. Por situações diversas, hoje me vejo cercada de amigos queridos. Gente que já conhecia de vista, gente que nunca havia cruzado, gente que nem me despertava interesse, gente que até me desgostava, gente que eu desgostava muitas vezes sem motivo, e que por uma oportunidade tivemos a chance do “encontro”. Ou melhor, permitimos a chance do encontro. Pois é preciso estar aberto para que eles aconteçam. É preciso querer que a vida te surpreenda. Caso contrário, provavelmente estará sempre se desencontrando.
Hoje, olhando ao redor, vejo amigas chorando pelo término de um casamento, outras comemorando a chegada de uma nova paquera ou de um novo amor. Também vejo sonhos se realizando, esperanças se renovando e novos ciclos se formando. Amores e amigos que vêm e vão. E então compreendo que a vida é um leva e traz sem fim. A gente perde, depois ganha. E se desencontra muitas vezes para um dia poder se encontrar plenamente.

Que 2007 seja um ano de muitos encontros para todos! Com a benção de quem conhece a arte, Vinícius de Moraes.