Molhando as Palavras

Blog de curiosidades, opinião, crônicas e afins.

segunda-feira, julho 03, 2006

Triste começo, amargo fim.

Pronto, agora que a copa acabou (para nós) posso falar o que quiser. Chega de ficar calada! Diante do que fomos obrigados a assistir, aliás, o mundo inteiro, tenho que desabafar. Não há nada que justifique a apatia da seleção brasileira nesta copa do mundo. E não foi só contra a França. Foi em todos os jogos. Mesmo com as vitórias estávamos sempre com aquele gostinho de quero mais, com a sensação de que faltava alguma coisa. E faltava. Muita coisa. Não só bom futebol como garra, vibração, vontade. Com exceção de Lucio, Ruan e Zé Roberto, nenhuma de nossas grandes estrelas titulares conseguiu brilhar e jogar o que sabe.
O Brasil perdeu pela falta de time, de conjunto, e porque seu principal maestro não soube organizar a sua orquestra. Nosso técnico tinha nas mãos a melhor seleção dos últimos tempos e ainda sim conseguiu voltar pra casa sem convencer ninguém. Prepotência, lobby, teimosia? Acho que um pouco de tudo. Como os próprios jogadores disseram, eles não esperavam a derrota. Exatamente por isso ela chegou ainda mais rápido.
O tal esperado futebol brasileiro ficou lá no Barcelona, no Real Madri, Lion, em qualquer outro lugar distante da nossa pátria verde e amarela. Afinal, são eles que pagam os salários da maioria de nossos jogadores. Talvez por isso fique difícil sentir o peso da camisa canarinha, da responsabilidade de vesti-la. Porque pra jogar na seleção não basta apenas técnica. Tem que ter coração em campo, compromisso com a bandeira. A gente quer ver a conquista de um grupo. Mas não, o que assistimos foi um espetáculo de individualismo. Cada qual querendo bater o seu recorde e sua marca.
E onde estava o capitão nesta hora pra chamar o time pro jogo? Onde estava o técnico? Estavam lá emudecidos, apáticos, sem demonstrar qualquer sentimento diante da derrota. Muito diferente das outras copas. Basta lembrar daquele time de 94 que lutou até o fim para nos trazer o tão esperado tetra. Do Dunga, no seu papel de líder, brigando com seus companheiros quando sentia que estavam se entregando. Do Zagalo, em 98, no meio do campo antes dos pênaltis contra a Holanda incentivando cada jogador, buscando em cada um deles a confiança e a consciência do que é estar ali. Nada disso foi visto agora. Vimos apenas um projeto de time que ficou no sonho e não passou de ilusão.
De quem é a culpa? Do Parreira, principalmente. Da teimosia, arrogância e prepotência de quem se acha invencível e dono da verdade. Ele errou feio e todo mundo viu. Equivocou-se na sua insistência. Deixou os melhores no banco mesmo após todas as provas dadas em campo. Por esse lado foi bom ter perdido. Seria injusto ele ter o gosto da vitória. Pena que o preço tenha sido caro demais para nós torcedores, que de mãos atadas fomos obrigados a engolir a seco o amargo da derrota.
Que venha 2010! África do Sul vamos nós. Desta vez sem Parreira, Cafu e Roberto Carlos, pelo amor de Deus!!!

1 Comments:

  • At 6:04 PM, Anonymous Anônimo said…

    ME MANDARAM ESSE TEXTO E RESOLVI PASSAR AKI PARA DIZER Q SIM,VC ESTA COMPLETAMENTE CERTA!!

     

Postar um comentário

<< Home